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Defendeu
01 de Dezembro de 2018 Aquaculture Brasil
Influência da temperatura e do manejo alimentar na pré-engorda de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) em sistemas de recirculação de água.

 

 

 

Introdução: o cará (Geophagus brasiliensis) é um ciclídeo bastante similar à tilápia (Oreochromis sp.) quanto a aspectos morfométricos e reprodutivos, entretanto, não há registros de sua produção comercial no Brasil. Sua principal utilização é no mercado de ornamentais.

 

Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho zootécnico da espécie em três diferentes temperaturas (24,3±0,8, 28,1±1,0 e 31,7±0,9 °C) e dois manejos alimentares (saciedade e 4% da biomassa) durante 72 dias, além de descrever os índices organossomáticos e principais aspectos do comportamento reprodutivo da espécie quando cultivada em sistema fechado.

 

Materiais e métodos: o delineamento constituiu-se de um experimento bifatorial (3 x 2), tendo seis tratamentos, com três repetições cada. Utilizou-se um conjunto de seis sistemas de recirculação de água idênticos (um para cada tratamento), compostos por três tanques circulares (volume útil de 200 L/cada), além de um filtro mecânico e biológico. O peso médio inicial foi de 6,8±1,1 g e o comprimento inicial foi de 7,5±0,5 cm. Os peixes foram alimentados três vezes ao dia, utilizando-se ração comercial para peixes onívoros (32% de proteína bruta e 6% extrato etéreo). Diariamente foram monitorados os principais parâmetros de qualidade de água (oxigênio dissolvido, temperatura e pH).

 

Resultados e Discussão: a taxa média de sobrevivência foi de 97% sem diferenças estatísticas entre os tratamentos. O ganho de peso foi superior nas temperaturas de 24,3 °C e 28,1 °C respectivamente. Da mesma forma, a taxa de crescimento específico (TCE) apresentou piores resultados na temperatura 31,7 °C. A melhor TCE, em números absolutos, foi de 1,3%.dia-1 , para o tratamento de 24,3 °C, arraçoados até a saciedade. Observou-se uma tendência de melhores resultados nos tratamentos até a saciedade aparente. A melhor conversão alimentar (CA) foi em 24,3 °C alimentados sob taxa de 4% da biomassa com valor de 2,3:1. Em 31,7 °C, peixes alimentados com 4% da biomassa a CA foi de 3,1:1, sendo a mais alta. Os principais aspectos reprodutivos observados dizem respeito ao diferencial de tamanho entre machos e fêmeas, observando-se uma forte tendência de que os machos cresçam mais. Avaliou-se também a fecundidade relativa e influência da temperatura sob o desenvolvimento ovariano, obtendo melhores resultados quando cultivados em temperaturas mais baixas.

 

Conclusão: em princípio, pode-se concluir que a espécie apresenta melhor desempenho zootécnico em temperaturas mais baixas (comparando-se à temperatura de 31,7 °C), nas condições testadas, o que pode sugerir bons desempenhos em temperaturas típicas de regiões subtropicais, a exemplo da região Sul do Brasil.

 

O trabalho foi defendido em: 22/11/2018

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